Sociedade
19 julho 2021 às 09h53

Negligência ou acampamentos ilegais? Origem do fogo de Monchique e Portimão está a ser investigada

Leitura: min

Monchique e Portimão tentam voltar à normalidade possível.

Maria Augusta Casaca

A origem do fogo que começou em Monchique e se estendeu a Portimão, abrangeu mais de 2 mil hectares, ainda está por apurar.

No terreno estão a GNR e a Policia Judiciária a investigar, mas já este domingo a GNR aventou a hipótese de o fogo ter começado no sítio do Tojeiro." De acordo com a informação da GNR começou numa espécie de um acampamento onde fazem festas durante o fim de semana", conta a autarca de Portimão. Isilda Gomes revela que " ao que consta" o fogo terá começado numa ligação elétrica mal feita numa cozinha improvisada. Neste local costumam aparcar caravanas de estrangeiros que fazem festas ilegais e para onde diversas vezes já tem sido chamada a GNR.

Monchique e Portimão tentam voltar à normalidade possível e na tarde desta segunda-feira equipas das câmaras, da direção regional de agricultura e o próprio diretor regional de agricultura vão para o terreno perceber como podem ajudar os agricultores que ficaram com os seus terrenos destruídos. "Vamos ver o que a agricultura pode apoiar e o que não puder apoiar a câmara irá criar uma bolsa para podermos substituir as medidas que não puderem ser apoiadas", garante Isilda Gomes.

A presidente da câmara de Portimão não consegue fazer ainda uma estimativa dos prejuízos, mas adianta que no total deverão ter ardido mais 2 mil hectares, cerca de 1500 no seu concelho, os restantes em Monchique. Só em Monchique ficaram destruídos 130 hectares de sobreiros. Produções agrícolas e apícolas que ficaram em cinzas. "Felizmente não ardeu nenhuma casa", conclui a autarca.