Sociedade
04 julho 2020 às 15h11

Fogo na Pampilhosa da Serra dominado

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Bombeiros deram o fogo como dominado pouco depois das 22h.

Lusa

O incêndio florestal em Janeiro de Baixo, Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, que mobilizava, às 23h19 deste sábado, 556 bombeiros no terreno, apoiados por 159 veículos e ainda um meio aéreo, foi dado como dominado às 22h19 e decorrem agora os trabalhos de consolidação, disse â agência Lusa o CODIS de Coimbra.

O incêndio deflagrou pouco depois das 13h00 e chegou a mobilizar mais de 15 meios aéreos. "O incêndio está dominado", disse o Comandante Distrital de Operações de Socorro (CODIS) de Coimbra, Carlos Luís Tavares, acrescentando que o fogo foi dado como dominado às 22:19 e que estão a decorrer os "trabalhos de consolidação de todo o perímetro".

Questionado sobre se há conhecimento de quantos hectares arderam, Carlos Luís Tavares referiu que ainda não é possível aferir esses dados.

Em declarações recolhidas pela RTP Notícias, o Comandante Distrital da Proteção Civil de Coimbra, Carlos Luís Tavares explicou que por volta das 22h o incêndio tem já só tinha uma frente ativa - chegou a ter duas - com "cerca de 500 a 600 metros e de díficil acesso". O fogo foi combatido pelos meios no local e por uma máquina de arrasto.

Havia um outro ponto quente, uma projeção que estava "dominada a cerca de 75%". Os trabalhos decorriam "de forma muito favorável" e os bombeiros contavam dar o incêndio como dominado "assim que der garantias de que não vai haver mais nenhum reacendimento", algo que aconteceu pouco depois das 22h.

Mais cedo, o comandante tinha explicado que o vento "errático" tem sido o principal problema no combate, sendo que esteve presente "durante toda a tarde". Nas próximas horas está previsto um aumento da humidade e uma redução da velocidade do vento, oportunidades que "estão a ser planeadas" para permitir dominar o incêndio durante a noite.

À TSF, por volta das 17h, o presidente da câmara municipal da Pampilhosa da Serra, José Brito, garantiu que "há cada vez mais operacionais a trabalhar mas a área é cada vez maior, pelo que ainda está complicado".

Embora não houvesse povoações em perigo, o fogo "não está muito longe de Brejo de Baixo" e lavra "numa zona de pinhal muito denso, com 15 ou 20 anos, em sítios com muita inclinação e de difícil acesso".

José Brito disse esperar que o combate fique mais fácil durante a noite e esperar que "os meios aéreos consigam amenizar" o fogo. "Vamos ver como corre o combate durante a tarde, estão muitos operacionais no terreno, há muitos meios aéreos e temos também a máquina de arrasto."

O Comando Territorial da GNR de Coimbra explicou à agência Lusa que o troço da estrada municipal 546 entre Janeiro de Baixo e Janeiro de Cima está cortado devido ao fogo.

Proteção Civil com aviso ativo

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) emitiu na sexta-feira um aviso à população para o perigo de incêndio rural nos próximos dias, devido às elevadas temperaturas previstas e à baixa humidade.

Em comunicado divulgado na sexta-feira à tarde, a ANEPC refere que, "de acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se um agravamento das condições meteorológicas favoráveis ao incremento do risco de incêndio, devido ao tempo quente e seco".

A ANEPC destaca que a humidade relativa do ar será inferior a 30% no interior e no Algarve durante a tarde e em geral com fraca recuperação noturna.

Quanto à temperatura máxima, estão previstos valores acima de 30°C na generalidade do território, "podendo rondar os 40°C no interior no domingo e segunda-feira, com possibilidade de ocorrerem noites tropicais no interior e no Algarve a partir de domingo".

Face a estas previsões, é proibido fazer queimadas extensivas sem autorização, fazer queima de amontoados, utilizar fogareiros ou grelhadores em todo o espaço rural, salvo se usados fora de zonas críticas e nos locais devidamente autorizados para o efeito, fumar ou fazer lume nos espaços florestais, lançar balões de mecha acesa e foguetes, usar motorroçadoras (exceto se possuírem fio de nylon), corta-matos e destroçadores nos dias de risco máximo e obrigatório usar dispositivos de retenção de faíscas e de tapa-chamas nos tubos de escape e chaminés das máquinas de combustão interna e externa nos veículos de transporte pesados e um ou dois extintores de 6 Kg, consoante o peso máximo seja inferior ou superior a 10 toneladas.

Notícia atualizada às 21h10