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03 maio 2018 às 21h30

Do supermercado à final da Champions em menos de 10 anos

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A presença na final da Liga dos Campeões em Kiev é o ponto mais alto de uma carreira que esteve muito perto do fim antes sequer de começar.

Inês André de Figueiredo

O futebol não é um "mar de rosas". Andrew Robertson é a prova disso e a sua história de vida, ainda curta, traduz bem as dificuldades que um jovem pode ter quando ambiciona fazer da modalidade uma profissão.

Porém, a frase "a sorte sorri aos audazes" também assenta bem ao miúdo fanático pelo Celtic que acabou por ser traído pelo clube do seu coração. Aconteceu em 2009, quando Andy, como é conhecido, foi dispensado devido à sua altura.

O dinheiro fazia falta ao jovem de 15 anos que tinha visto o sonho ser praticamente destruído e trabalhar numa caixa de supermercado da empresa Marks and Spencer foi uma das opções.

Algum tempo depois, e durante uma "altura muito difícil", como recordou ao Liverpool Echo, surgiu um convite inesperado e de um clube bastante diferente do Celtic: o Queen"s Park.

Na altura a equipa estava na quarta divisão, não pagava salário e as despesas de deslocação tinham de ser asseguradas pelo jogador. Não foi fácil para Andy mas a sua vontade de jogar futebol falou mais alto.

Os seus estudos universitários ficaram para trás e o jovem teve mesmo de trabalhar num call center em Hampden Park para pagar as suas despesas. Vendia bilhetes para concertos e jogos de futebol.

Hoje tornou-se protagonista desses mesmos jogos de futebol e a evolução na carreira ficará sempre marcada pela passagem pelo Hull City, a primeira vez que esteve na primeira divisão inglesa.

A equipa que Marco Silva treinava acabou por descer de divisão, mas o Liverpool não deixou "fugir" o jovem e acabou por avançar para a contratação.

Robertson aproveitou as oportunidades que lhe foram dadas e é um dos jogadores fundamentais da equipa inglesa que já carimbou a presença na final da Liga dos Campeões.