Sociedade
29 setembro 2020 às 16h24

Reativação de hospital de campanha do Porto devido à Covid-19 não está prevista

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Estrutura esteve ativa cerca de um mês, tendo recebido, desde 14 de abril, data em que abriu portas, cerca de 30 doentes com Covid-19 oriundos dos dois hospitais da cidade e também de lares rastreados.

Lusa

A Câmara do Porto disse esta terça-feira que "não está prevista" a reativação do hospital de campanha montado, em abril no Pavilhão Rosa Mota devido à Covid-19, para aliviar a pressão sobre as unidades hospitalares.

"Não está prevista reativação de hospital de campanha", afirmou a autarquia, quando questionada pela Lusa sobre a eventual reativação daquela unidade perante o aumento do número de infetados com Covid-19.

A estrutura esteve ativa cerca de um mês, tendo recebido, desde 14 de abril, data em que abriu portas, cerca de 30 doentes com Covid-19 oriundos dos dois hospitais da cidade e também de lares rastreados no âmbito de um programa de separação de casos positivos e negativos lançado pela autarquia.

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A unidade foi desativada no dia 15 de maio e desmontada em meados de junho, depois de a cidade estar sem registo de novos casos de Covid-19 durante 11 dias consecutivos.

À data, em comunicado, a Câmara do Porto explicava que a decisão foi tomada em conjunto pelos Centros Hospitalares de São João e Santo António, Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos e pela autarquia, "depois da cidade não apresentar qualquer caso de COVID-19 há 11 dias consecutivos e de ter caído para quinto lugar no número acumulado".

Referia ainda que, com a campanha solidária promovida pela RTP, foram angariados cerca de 400 mil euros de mais de mil doadores, o que permitiu "equilibrar as contas e garantir o financiamento do projeto".

Com um total de 320 camas para doentes Covid-19, a gestão do hospital de campanha foi garantida pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos e por cerca de 300 colaboradores que trabalharam em regime de voluntariado.

A estrutura foi montada tendo com o objetivo receber doentes infetados com Covid-19, assintomáticos ou com sintomas ligeiros, mas sem possibilidade de isolamento no domicílio, podendo ainda ser usada por doentes infetados e com necessidade de cuidados médicos devido a outras patologias, e doentes em fase de convalescença.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Portugal contabiliza pelo menos 1957 mortos associados à Covid-19 em 74 029 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

No dia 24 de setembro, o Governo decidiu prolongar até 14 de outubro a situação de estado de contingência "em todo o território nacional", mantendo em vigor as medidas para controlo da pandemia que entraram em vigor a 15 de setembro, entre elas, a limitação dos ajuntamentos a dez pessoas.