Desporto
19 maio 2019 às 18h20

Depois da subida, Paços de Ferreira assegura o título da Segunda Liga

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Douglas Tanque e Bruno Santos marcaram os golos que garantiram o título aos pacenses.

Lusa

O Paços de Ferreira sagrou-se hoje, pela quarta vez na sua história, campeão da II Liga de futebol, um feito celebrado no relvado com a entrega do correspondente troféu por parte da Liga de clubes.

A vitória na receção ao Cova da Piedade, por 2-0, na última jornada do campeonato, era o desfecho direto para confirmar a festa pacense e, no final, ninguém arredou pé das bancadas, aguardando a festa no relvado, com imposição de faixas, a entrega das medalhas e a respetiva taça de campeão por parte do presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença.

Todos os elementos do plantel, entre jogadores e equipa técnica, foram chamados individualmente, com Luiz Carlos e Vítor Oliveira, o 'rei' das subidas, a serem os mais saudados, e subiram ao palco montado no centro do relvado, onde o capitão Pedrinho recebeu e ergueu o troféu de campeão, seguindo-se a tradicional volta de honra.

Paulo Meneses, presidente do Paços, era um homem realizado: "Propusemo-nos à subida e hoje, com a conquista do título, o objetivo foi garantido na totalidade. Fomos a melhor equipa e merecemos".

Para o líder pacense, a preparação desta data começou no dia seguinte à descida de divisão, na época passada, assegurando que "as coisas aconteceram com muita responsabilidade e naturalidade".

"Depois do que aconteceu na última época, exatamente no dia seguinte, começámos a trabalhar para inverter a situação", referiu Paulo Meneses, que confirmou a saída de Vítor Oliveira, garantindo, a seguir, que "há nomes na cabeça" e que a solução para a equipa técnica será revelada em breve.

Diogo Jota, atualmente no Wolverhampton, de Inglaterra, foi uma das presenças mais notadas nas bancadas. O antigo jogador pacense, que no intervalo foi ao relvado para ser homenageado pelo clube, não escondeu a satisfação pelo momento, afirmando que "o Paços foi, claramente, um justo vencedor".

A festa pacense contou também no relvado com Luiz Phellype, goleador da equipa até à sua saída para o Sporting, em janeiro, e segue, a seguir, em autocarro panorâmico até à autarquia pacense, onde os pacenses vão ser recebidos e homenageados pelo município.

Douglas Tanque deu o mote

No dia de todas as decisões, o Paços inaugurou o marcador por Douglas Tanque, aos 45+3, e fixou o resultado final por Bruno Santos, aos 54, um jogo que permitiu a estreia de três novos campeões: o guarda-redes Marco Ribeiro, o defesa Rui Correia e o avançado Nathan Júnior.

Nas contas do campeonato, o Paços, que somou o quarto título em outras tantas subidas de divisão, termina em primeiro lugar, com 74 pontos, cinco à frente do Famalicão, segundo classificado, que também foi promovido, enquanto o Cova da Piedade acaba a prova no tranquilo 13.º lugar, com 42.

A primeira parte foi movimentada, bem disputada até, mas a bola andou longe das balizas, com exceção de uma perda de bola de Luiz Carlos, no meio-campo defensivo, a obrigar Pius a um corte arriscado na área do Paços.

O Paços tinha mais bola, tentava chegar à baliza por dentro e por fora, mas esbarrava quase sempre na bem montada estrutura defensiva do Cova da Piedade, uma equipa desinibida e atrevida a atacar e de reação rápida à perda de bola.

Não estranhou que a primeira e verdadeira oportunidade de golo só aparecesse num lance de bola parada, aos 39 minutos, num canto a que Pius correspondeu com um cabeceamento ao 'ferro' da baliza de Anacoura, que nada pôde fazer, nos descontos, à emenda vitoriosa de Tanque, em lance trabalhado na direita por Bruno Santos, com Fatai na assistência.

O Paços foi para o intervalo com uma mão no título e, no arranque da segunda parte, agarrou o 'caneco' com as duas mãos, com o segundo golo, aos 54 minutos, anotado por Bruno Santos, com um remate cruzado na área, em mais uma assistência de Fatai.

Com a vantagem confortável no marcador, a festa tomou conta, de vez, das bancadas, com milhares de adeptos a darem vivas aos jogadores e a cantarem "campeões, campeões", numa celebração que se estendeu para além do apito final, com a entrega no relvado do troféu correspondente ao título de campeão.