A Federação Portuguesa de Patinagem e os clubes da primeira divisão chegaram a acordo para o regresso ao modelo de fase única para a 1ª liga. Fica assim sem efeito a mudança aprovada em maio, que aplicava um novo formato que quase duplicava o número total de jogos disputados pelas equipas anualmente.
Paulo Rodrigues, vice-presidente da federação portuguesa de patinagem, explicou à TSF que nos últimos meses, depois de fazer as contas as despesas com mais encontros e à necessidade de ter mais atletas nos plantéis, os clubes da primeira liga mudaram de posição.
"Começamos a sentir algum desagrado e voltamos a colocar a questão aos clubes que iam participar na primeira divisão", explica Paulo Rodrigues. "Voltamos a ter uma resposta diferente da que tínhamos tido nas reuniões anteriores, com clubes e representantes da Associação de clubes. Disseram-nos, desta vez, que era um modelo demasiado pesado, demasiado cansativo. Também os atletas mostraram algum desagrado pela carga de jogos que iam ter", sublinha o responsável da federação.
O modelo aprovado em maio previa a criação de uma segunda fase no campeonato. Os oito melhores classificados da fase regular jogavam um novo campeonato. De 26 jogos, o campeonato poderia chegar a 40 para muitas das equipas.
"É óbvio que toda a gente quer mais jogo de hóquei em patins. Mas se o ano só tem 52 finais de semana, e alguns não podem ser utilizados, ou outros são período de defeso, então chegamos à conclusão que um campeonato de duas fases não é comportável com 14 clubes a disputar o campeonato nacional da 1ª divisão. Há aqui diversas coisas que têm de ser analisadas e conversadas", sugere Paulo Rodrigues.
No entanto, há uma alteração que se mantém, o fim do sorteio condicionado da liga. "Os quatro primeiros classificados na época anterior só poderiam jogar entre eles nas últimas quatro jornadas de cada uma das voltas. Isso deixa de acontecer". Quer isto dizer que Sporting, FC Porto ou Benfica podem encontrar-se em qualquer das jornadas, da primeira à última.