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06 junho 2018 às 22h13

Alemanha: a força de um campeão

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Campeões do mundo esperam revalidar o título na Rússia.

Mário Fernando

Falar das grandes seleções que construíram a história do futebol tem tanto de fácil como de complexo. Fácil, porque há muito para dizer. Complexo, porque...há muito para dizer. A Alemanha é um destes casos evidentes, pois já vai em quatro títulos conquistados, num recorde de oito finais, para lá de 13 presenças em meias-finais.

Mas como se isto, só por si, não bastasse, os alemães apresentam-se na Rússia precisamente com o estatuto de campeões em título, o que torna ainda mais relevante a sua participação. E, naturalmente, os coloca como um dos favoritos naturais.

Por sinal, esta Alemanha parece ter uma capacidade infinita de se reconverter. Depois de uma caminhada triunfal no Brasil, já não esteve assim tão bem no último Europeu, mas o selecionador Joachim Low percebeu que era possível consolidar uma nova faceta. E isso refletiu-se em toda a qualificação para o Mundial, com dez vitórias em dez jogos, e qualquer coisa como 43 golos marcados.

Mas não só. O primeiro grande sinal da revitalização alemã surgiu na Taça das Confederações, que ganhou com um grupo de jogadores que nem sequer era considerado prioritário.

Basta lembrar que o cérebro Toni Kroos, mais Hummels, Ozil, Thomas Muller, Khedira, Sané e muitos mais não estiveram presentes. Mas, mesmo assim, foi o que se viu. E o que se viu foi emergirem nomes como Timo Werner ou Leon Goretzka que, com toda a lógica, estão agora na calha para a Rússia.

Nem sempre o futebol se resume a onze de cada lado e, no fim, ganha a Alemanha. Mas se olharmos para o inventário que os Mundiais proporcionam, convenhamos que a probabilidade disto acontecer é bem maior do que possa pensar-se.